Polícia Federal apura vazamento de dados de servidores do TSE
O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, confirmou na tarde deste domingo (15) que a Polícia Federal (PF) está apurando a suspeita de vazamento de dados pessoais de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“O que podemos dizer é que a PF está
investigando. E o que já se sabe é que os dados divulgados são antigos. E
que o acesso a estes dados ocorreu antes de 23 de outubro deste ano”,
declarou o ministro ao apresentar, a jornalistas, em Brasília, um
balanço da atuação integrada de forças de segurança pública de todo o
país.
“A PF está buscando o autor do acesso a
estes dados antigos”, acrescentou Mendonça, minimizando que haja alguma
relação entre o vazamento das informações pessoais dos servidores do TSE
e a suspeita de um ataque cibernético ao sistema do Superior Tribunal
de Justiça (STJ), no início do mês.
“Até o momento, não foi apontada nenhuma
relação [entre os dois casos]. Logicamente, não podemos descartar
nenhuma possibilidade, mas não há, até aqui, nenhum indicativo neste
sentido”, comentou o ministro, garantindo que o vazamento não afetou “a
lisura do processo eleitoral”. “A PF tem trabalhado em sintonia com toda
a área de segurança e tecnologia do TSE, e não há nenhum indicativo de
prejuízo ao pleito eleitoral.”
Ataque cibernético
Mais cedo, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso,
já tinha confirmado que um novo ataque cibernético tentou derrubar hoje (15) os sistemas da Justiça Eleitoral. Segundo Barroso, a ação foi
“neutralizada” sem maiores consequências.
“Houve uma tentativa de ataque, neste domingo (15), com um
grande volume de acessos simultaneamente. Foi totalmente neutralizado
pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelas operadoras de telefonia.
Portanto, sem qualquer repercussão sobre o processo de votação”, disse
Barroso sobre o mais recente ataque.
Da mesma forma que Mendonça, Barroso
descartou que o novo ataque esteja relacionado com o vazamento de dados
pessoais de funcionários da Corte. “Esse vazamento [que resultou na
divulgação indevida de informações pessoais de funcionários do tribunal]
não é produto de um ataque atual. É um ataque antigo que ainda não
fomos capazes de precisar quão antigo, se antigo de 10 dias ou antigo de
cinco anos”, disse Barroso, frisando que ataques como o deste domingo
“são bastante comuns” e não afeta o processo de votação.
Por Agência Brasil - (16/11/2020)