Auxílio Brasil terá reajuste de 20% em relação ao Bolsa Família
O ministro da Cidadania, João Roma, afirmou nesta quarta-feira (20), em pronunciamento no Palácio do Planalto, que o programa Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, começará a ser pago a partir de novembro e terá um reajuste geral de 20% no valor dos benefícios, com relação ao programa que o antecedeu.
"O programa permanente, que é o Auxílio
Brasil, que sucede o Bolsa Família, esse programa tem um tíquete médio,
portanto, o valor do benefício varia de acordo com a composição de cada
família. Então, existem famílias que estão recebendo menos de R$ 100, e
tem outras que estão recebendo até mais de R$ 500. Esse programa terá um
reajuste de 20 [%]", explicou.
O ministro acrescentou que os 20% de aumento
não serão sobre o valor unitário do benefício, mas sobre a execução de
todo o Auxílio Brasil, que começa a ser pago no mês de novembro.
O início dos pagamentos do Auxílio Brasil
coincide com o fim do auxílio emergencial, programa lançado no ano
passado para apoiar famílias vulneráveis durante a pandemia e que terá a
última parcela creditada este mês de outubro. Ao todo, o programa
atendeu mais de 68 milhões de famílias com um orçamento de R$ 379
bilhões.
Valor mínimo
A pedido do presidente Jair Bolsonaro,
informou o ministro, todas as famílias classificadas em situação de
pobreza e de pobreza extrema, vinculadas ao Cadastro Único dos Programas
Sociais (CadÚnico) e ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS),
deverão receber um valor mínimo de R$ 400 dentro do novo programa. Para
atender essa demanda, João Roma informou que o governo vai estruturar
uma espécie de programa transitório de transferência de renda, que deve
durar até dezembro do ano que vem.
"Estamos estruturando um benefício
transitório, que funcionaria até dezembro do próximo ano, e esse
benefício transitório teria por finalidade equalizar o pagamento desses
benefícios para que nenhuma família beneficiária receba menos de R$
400".
O ministro fez questão de dizer que o
governo, em diálogo com parlamentares no Congresso Nacional, busca uma
saída para financiar o novo programa dentro do orçamento previsto para o
ano que vem.
"Não estamos aventando que o pagamento
desses benefícios se dê através de créditos extraordinários. Estamos
buscando, dentro do governo, todas as possibilidades para que o
atendimento desses brasileiros necessitados sigam também de mãos dadas
com a responsabilidade fiscal".
Novos beneficiários
Outro anúncio do governo é que, com o
Auxílio Brasil, a fila de pessoas que aguardam inclusão no programa
social do governo federal será zerada. Atualmente, mais de 2 milhões de
famílias esperam receber o benefício.
"Hoje, o programa permanente contempla 14,7
milhões de famílias, e pretendemos chegar a quase 17 milhões de
famílias", prometeu João Roma.
Mais cedo, durante um evento em Russas
(CE), o presidente Jair Bolsonaro declarou que o governo vai aumentar o
valor do Auxílio Brasil para uma patamar mínimo de R$ 400 por família.
"Ontem nós decidimos, como está chegando ao
fim o auxílio emergencial, dar uma majoração para o antigo programa
Bolsa Família, agora chamado Auxilio Brasil, a 400 reais", disse o
presidente.
Por Agência Brasil - (20/10/2021)