Dnit e Exército iniciam quarta etapa de pesquisa sobre rodovias brasileiras
O que fazer para melhorar as condições de tráfego das estradas
brasileiras? Para ajudar na formulação de repostas a essa pergunta, o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em
parceria com o Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) e a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), iniciou neste sábado (18)
a quarta etapa de pesquisa nas principais rodovias federais do pais. O
levantamento vai até a próxima sexta-feira (24).
A Pesquisa de
Origem e Destino, incluída no Plano Nacional de Contagem de Trafego
(PNCT), vai coletar elementos que permitam a elaboração de um
diagnóstico das estradas, com base no qual será possível desenvolver as
soluções para os problemas identificados.
O PNCT, originalmente
criado em 1975 para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais, foi interrompido em 2001 por contingenciamento de recursos e
retomado apenas em 2013 por meio de cooperação técnica firmada com o
Exército Brasileiro para o serviço de contagem de tráfego em pontos
específicos da malha rodoviária federal.
Contando veículos
Em
sua quarta fase, a pesquisa pretende levantar os dados em 66 pontos de
coleta, em 19 estados brasileiros, completando assim o levantamento
previsto de 300 postos. O oronel Jorge Fernando do Nascimento, chefe do
Comando de Operações Terrestres do Exército, coronel Jorge Fernando do
Nascimento, explica que, na verdade, são duas pesquisas.
"Uma
pesquisa vai contar e classificar por tipo os veículos que passarem pelo
posto. Ou seja, se é motocicleta, automóvel, caminhão, se é caminhão,
de que tamanho, quantos eixos, capacidade de carga etc. Na outra
pesquisa, os motoristas vão responder voluntariamente a um questionário
mais amplo, informando não só a origem e o destino da viagem, mas também
a finalidade do deslocamento, o tipo de veiculo, o combustivel que usa,
se leva carga, que tipo de carga etc", acrescentou o coronel
Nascimento.
Todas essas informações serão enviadas para o Coter e depois encaminhadas à UFRJ que vai processá-las e analisá-las.
De acordo com Nascimento, os 2.600 militares envolvidos na operação
passaram por um processo de capacitação e estão divididos em grupos sob o
comando de um tenente com mais trés ou quatro sargentos. "É uma
estrutura de organização militar normalmente usada pelo Exercito sempre
que temos esse tipo de operação."
Segundo os dados do Dnit, nas
três primeiras etapas, 1.010 motoristas foram entrevistados e 12,7
milhões veículos foram contados. Na primeira fase, realizada em junho do
ano passado em 60 postos, foram entrevistados 214 mil condutores e
contados 3,5 milhões de veículos. A segunda etapa, em novembro de 2016,
também em 60 postos, contabilizou 297 mil entrevistas e 2,3 milhões de
veículos. Já na terceira etapa, em julho deste ano, a pesquisa ouviu
mais de 500 mil condutores, além de contar 6,9 milhões de veículos em
117 postos nas cinco regiões do país.
Planejando caminhos
O principal objetivo da Pesquisa de Origem e Destino é, de acordo com
informações do Dnit, fornecer subsídios para os estudos de planejamento
em geral, estudos econômicos e projetos rodoviários, essenciais ao
estabelecimento de critérios, entre outros objetivos, para que o governo
possa "planejar o sistema rodoviário; programar necessidades e
prioridades de melhoria no sistema rodoviário, medir a demanda atual de
serviços por esse tipo de via, estabelecer as tendências de tráfego no
futuro, avaliar o fluxo existente de tráfego em relação ao sistema
rodoviário atual, estimar os benefícios dos usuários nas estradas,
estabelecer uma classificação do sistema rodoviário, Justificar e
planejar o policiamento, projetar pavimento e outros elementos de
rodovia e localizar e projetar instalações para a operação rodoviária".
"Esse diagnóstico de tráfego é importante para a identificação dos principais corredores de transporte com gargalos logísticos e da consequente necessidade de expansão ou adequação de capacidade das rodovias, além de ser ferramenta fundamental para as atividades de projeto, construção, manutenção e operação rodoviária", disse o coordenador de Planejamento da Diretoria de Planejamento e Investimentos do Dnit, engenheiro Leonardo Roberto Perim. Em resumo, isso significa dar ao país condições de planejar, de maneira mais eficiente, os caminhos por onde passa o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro. As informações são da Agência Brasil.
"Esse diagnóstico de tráfego é importante para a identificação dos principais corredores de transporte com gargalos logísticos e da consequente necessidade de expansão ou adequação de capacidade das rodovias, além de ser ferramenta fundamental para as atividades de projeto, construção, manutenção e operação rodoviária", disse o coordenador de Planejamento da Diretoria de Planejamento e Investimentos do Dnit, engenheiro Leonardo Roberto Perim. Em resumo, isso significa dar ao país condições de planejar, de maneira mais eficiente, os caminhos por onde passa o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro. As informações são da Agência Brasil.