Prefeito de Buenos Aires atribui incidentes a "máfias infiltradas no futebol"
O
prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, culpou neste
domingo (25) os torcedores violentos, aos quais acusou de serem "máfias
infiltradas no futebol há mais de 50 anos", pelos incidentes do sábado
na entrada do estádio do River Plate, que levaram ao adiamento sem data
definida da final da Libertadores.
Larreta fez a declaração em
entrevista coletiva realizada poucos minutos depois de a Conmebol
anunciar a decisão de suspender o jogo entre River e Boca Juniors, que
já tinha sido adiado para hoje por causa dos distúrbios.
O
prefeito reconheceu que sua presença pretendia a princípio dar
tranquilidade às pessoas que foram ao Monumental de Nuñez para assistir à
partida, e acabou sendo para acalmar as pessoas que já tinham ido ao
estádio e tiveram que ir embora porque ela foi suspensa pela segunda
vez.
"Tomamos todas as medidas reforçando a segurança a partir da
experiência do dia de ontem, pondo inclusive mais soldados especialmente
nas imediações do estádio", acrescentou Larreta, que pediu ir "a fundo"
na investigação dos incidentes, "abrindo um inquérito para determinar
responsabilidades e ver o que podia ter sido feito melhor".
"Peço
às pessoas que fiquem atentas a situações anômalas ou de violência,
porque há algo contra o que é muito difícil lutar, que é a estupidez
humana", acrescentou o prefeito, lamentando as imagens como as de uma
mulher escondendo fogos de artifício em uma menina para supostamente
entrar no estádio e as de "idiotas que a única coisa que fazem é jogar
pedras".
"Isto é uma mostra de que a estupidez humana está muito
presente ao redor do futebol e muitas vezes não tem limites", comentou
Larreta.
"Não concordo em generalizar. Vi editoriais esta manhã
mostrando que é um problema de todos os argentinos. Eu acredito que não é
assim. Havia mais de 60.000 pessoas que entraram de forma totalmente
pacífica no estádio", reconheceu o prefeito.
Larreta disse que os
distúrbios do sábado foram uma resposta à operação policial desta semana
na qual foram confiscados 300 ingressos de revenda ilegal.
"Aí
está o problema. 300 pessoas que antes entravam no estádio ontem não
puderam entrar. Foram os principais protagonistas de todos os desmandos
que incluíram as pedradas no ônibus dos jogadores do Boca. Vamos até o
fim contra os barras bravas (torcedores violentos), aconteça o que
acontecer custe o que custar", sentenciou o prefeito. As informações são da Agência EFE.