Central de Bloqueios completa dois anos com inutilização de quase 24 mil celulares roubados ou furtados
A Central de Bloqueios de Celulares do Estado de Minas Gerais (Cbloc)
completou dois anos de funcionamento tendo inutilizado quase 24 mil
aparelhos roubados ou furtados. A iniciativa tem objetivo de bloquear os
dispositivos subtraídos, diminuindo o valor de mercado deles no mundo
do crime e os tornando desinteressantes para ações de receptação.
Além disso, ao inutilizar o celular roubado ou furtado, a Cbloc
contribui com a proteção de dados pessoais das vítimas, como fotos,
mensagens de texto e caminhos diários salvos em aplicativos de GPS.
Somente de janeiro a julho de 2020, mais de 7,2 mil celulares tiveram o
funcionamento interrompido pela ferramenta - um aumento de 18% em
relação ao mesmo período do ano passado, quando 6,1 mil aparelhos foram
inutilizados.
Os interessados podem pedir o bloqueio do aparelho Cbloc diretamente pela página http://cbloc.seguranca.mg.gov.br,
de forma rápida e segura, com poucos cliques. Com o Registro de Eventos
de Defesa Social (Reds) em mãos, o antigo boletim de ocorrência, ele é
possível conseguir inutilização fornecendo apenas o número de telefone.
Simplificação
Esse é um dos diferenciais da Cbloc. Até o lançamento da plataforma,
só era possível bloquear um aparelho, em parceria com a Anatel,
fornecendo o Imei do telefone – um código internacional de
identificação, com muitos números, que geralmente a vítima não tem
guardado e que não consegue mais obter depois de o aparelho ter sido
roubado ou furtado.
“A participação da sociedade nessa plataforma digital é muito
importante. A Cbloc busca facilitar os procedimentos de segurança a
serem tomados por parte da vítima, de forma simples e rápida, e permitir
que o cidadão contribua com a redução da criminalidade no estado”,
observa o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Leandro
Almeida
Ranqueamento
A 1ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), que corresponde à
cidade de Belo Horizonte, lidera o ranking de pedidos de bloqueio,
contabilizando 6,4 mil. Ela é seguida pela 9ª Risp, com sede em
Uberlândia, com 3,5 mil requisições; e pela 7ª Risp, sediada em
Divinópolis, com 2,4 mil.
Entre janeiro e março de 2020, 4,3 mil celulares foram bloqueados, em
Minas Gerais, por meio da central. O dado é quase 445% superior aos
três primeiros meses de 2019, quando foram efetuadas 981 inutilizações. O
crescimento se deve, em boa parte, à possibilidade de bloqueio imediato
do aparelho subtraído em grandes eventos, no caminhão do Centro
Integrado de Comando e Controle Móvel (CICC Móvel), montado nesses
locais.
No Carnaval de 2020, em Belo Horizonte e na região metropolitana,
vítimas de furtos e roubos desses aparelhos puderam, pela primeira vez,
solicitar os bloqueios pessoalmente, no local da ocorrência, em meio à
folia. Para isso, a pessoa prejudicada deveria informar o desejo de
inutilizar o aparelho via Cbloc aos policiais que registraram a
infração. Ao todo, foram 629 solicitações em BH e 441 na RMBH, entre 21 e
26 de fevereiro.
Redução dos índices
O quantitativo de celulares roubados ou furtados em Minas tem
apresentado queda expressiva, se comparado ao último ano, segundo os
dados do Observatório de Segurança Pública da Sejusp, compilados a
partir dos Reds.
De janeiro a junho de 2020, as estatísticas apontam 13,8 mil
aparelhos roubados no estado, uma diminuição de 36% com relação ao mesmo
período de 2019, quando o acumulado era de 21,8 mil. Já o número de
dispositivos telefônicos furtados, entre janeiro e junho, passou de 31,1
mil, no primeiro semestre de 2019, para 22,9 mil nos meses correlatos
deste ano. A redução desse tipo de ocorrência é de 26,5%.
Por CEIMP / Governo de MG - 05/08/2020