Safra recorde de cana-de-açúcar vai ultrapassar 72 milhões de toneladas em Minas
A estimativa para a safra 2020/2021 de cana-de-açúcar é de 72,1
milhões de toneladas em Minas Gerais, segundo projeções da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab). O volume é 5% maior em comparação com
a safra 2019/2020, quando foram produzidas 68,7 milhões de toneladas.
Com uma área colhida superior a 862 mil hectares, o montante esperado
será recorde dentro da série histórica iniciada em 2005/2006.
Com a diminuição de veículos em circulação e a queda na demanda pelo
etanol combustível provocadas pela pandemia do coronavírus, grande parte
da produção sucroalcooleira deve ser destinada ao açúcar. Em Minas, a
expectativa da Conab é que 4,7 milhões de toneladas do produto sejam
geradas, o que representa um aumento expressivo de 47,8% em comparação
com a safra anterior.
Espera-se que esse movimento minimize as perdas do mercado de
biocombustível. De janeiro a julho de 2020, a exportação do grupo
sucroalcooleiro foi de US$ 493,8 milhões, crescimento de 61,7% em
relação ao mesmo período do ano anterior. No grupo, o açúcar foi o
principal item comercializado, representando quase 96% das vendas do
complexo, com uma receita de US$ 473,1 milhões, e cerca de 1,6 milhão de
toneladas. Vale destacar que o segmento teve participação de 10% na
exportação total do agronegócio mineiro no período de janeiro a julho
2020.
Crescimento contínuo
Superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa),
Carlos Eduardo Oliveira Bovo ressalta que o setor de cana-de-açúcar vem
crescendo continuamente, impulsionado pelo aprimoramento tecnológico.
“É um nicho que tem investido pesado em tecnologia, o que gera
aumento de produção e produtividade. Nesse contexto, temos aumento na
produção de açúcar por causa da demanda internacional e o setor está
migrando de acordo com o mercado”, analisa Bovo.
Ele destaca, ainda, facilitadores como o crédito rural, as políticas
públicas direcionadas para o segmento e os avanços nas pesquisas. “Há
tecnologia de ponta à disposição e o setor tem aproveitado, o que acaba
gerando esses recordes e trazendo retornos para os produtores e para
o Estado”, conclui o superintendente.
Por CEIMP / Governo de MG - 26/08/2020
